Morte de figura central no Hezbollah é confirmada por Israel
Morte Hashem Safieddine: Nesta terça-feira (22), o governo israelense confirmou a morte de Hashem Safieddine, considerado um dos principais líderes do Hezbollah e cotado para suceder Hassan Nasrallah na liderança do grupo extremista. Safieddine era primo de Nasrallah e desapareceu após uma série de bombardeios israelenses no Líbano, no início de outubro. A confirmação de sua morte representa um impacto significativo nas operações do Hezbollah.
A trajetória de Hashem Safieddine
Safieddine comandava o conselho executivo do Hezbollah, responsável por questões financeiras e administrativas, além de desempenhar um papel importante nas operações militares do grupo. Nas últimas semanas, ele havia ganhado destaque ao representar o Hezbollah em eventos e pronunciamentos públicos, especialmente após os ataques do Hamas a Israel, que culminaram no conflito em Gaza e desencadearam uma escalada de tensão entre o Hezbollah e Israel.
“Safieddine estava diretamente envolvido nas ações do Hezbollah contra Israel, tendo uma forte conexão com o Irã, principal aliado do grupo”, afirma o especialista em Oriente Médio.
Conexões e legado no Hezbollah
Além de sua atuação militar, Safieddine mantinha fortes laços com o regime iraniano. Seu filho é casado com a filha do general iraniano Qassem Soleimani, figura de destaque no Irã e morto por um ataque dos EUA em 2020. Safieddine também tinha um irmão, Abdullah, que atuava como representante do Hezbollah em Teerã.
A morte de Safieddine marca um momento de incerteza sobre quem será o sucessor definitivo de Nasrallah, com Naim Qassem surgindo como possível líder interino. Contudo, o Hezbollah, até o momento, não se pronunciou sobre a morte de Safieddine.
Futuro da liderança do Hezbollah
O futuro da liderança do Hezbollah segue em aberto, com Naim Qassem sendo o nome mais cotado para assumir o comando do grupo. Em um recente discurso, Qassem declarou: “Ninguém deve achar que abandonaremos nossas posições ou baixaremos nossas armas.” Mesmo com as perdas sofridas, ele assegurou que o grupo está em processo de reorganização.
A confirmação da morte de Safieddine eleva as tensões na região, mas também representa um golpe nas capacidades operacionais do Hezbollah, que agora enfrenta um processo de reestruturação.
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