Cantor Leonardo é Incluído na “Lista Suja” de Trabalho Escravo
Leonardo é incluído na lista de trabalho escravo: O cantor sertanejo Leonardo, nome artístico de Emival Eterno da Costa, foi incluído na lista de empregadores que mantêm trabalhadores em condições análogas à escravidão. A inclusão do nome do cantor foi anunciada nesta segunda-feira (7) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A fiscalização ocorreu em uma de suas propriedades, a Fazenda Talismã, localizada em Goiás, onde seis trabalhadores foram encontrados em condições degradantes.
Fiscalização e Lista Suja do Ministério do Trabalho
A lista suja do Ministério do Trabalho é um cadastro que reúne empregadores envolvidos em casos de exploração laboral. Empresas que submetem trabalhadores a condições que lembram a escravidão, como jornadas exaustivas e condições precárias de trabalho, são incluídas nesta lista. Atualmente, ela conta com 727 nomes, e é atualizada a cada seis meses.
De acordo com o Código Penal Brasileiro, o trabalho análogo à escravidão é caracterizado por práticas que envolvem a redução de um ser humano à servidão. Entre os elementos que configuram essa prática estão a restrição de locomoção, a sujeição a condições degradantes e o trabalho forçado. A defesa do cantor Leonardo ainda não se pronunciou sobre o caso.
Leonardo e o Agronegócio
Leonardo, de 61 anos, é uma figura importante na música sertaneja, com mais de 40 anos de carreira. Além do sucesso como cantor, ele também possui negócios no agronegócio, incluindo três fazendas em sua carteira de investimentos. A Fazenda Talismã, avaliada em R$ 60 milhões, é uma das mais conhecidas, sendo nomeada em homenagem a um dos maiores sucessos da dupla formada com seu irmão, Leandro.
A propriedade conta com uma ampla infraestrutura, incluindo uma área de lazer com piscina, criação de gado, lago, e até uma pista de pouso para aviões. Em entrevista recente, o cantor destacou sua atuação no setor agropecuário e a importância de suas atividades no campo.
Números do Trabalho Escravo no Brasil
O problema do trabalho escravo no Brasil é uma questão de grande proporção. Nos últimos três anos, 6.761 trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão, segundo o Ministério do Trabalho. O ano de 2023 registrou um recorde, com 3.240 trabalhadores resgatados até o momento, superando o número de 2022, quando 2.587 casos foram contabilizados.
Em 2024, até o mês de agosto, foram realizados 934 resgates de trabalhadores em situações precárias. Um dos casos mais recentes foi o resgate de uma idosa de 94 anos.
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