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sexta-feira, novembro 15, 2024

Policia Federal Desmantela Esquema de Venda de Dados Envolvendo Servidores do INSS e Hacker

Operação “Mercado de Dados” atinge 8 estados e DF; R$ 34 milhões bloqueados e 24 imóveis sequestrados

Venda de dados do INSS: A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã desta quinta-feira (26), a operação “Mercado de Dados”, com o objetivo de desarticular um esquema criminoso envolvendo servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e um hacker. Os investigados são acusados de vender dados pessoais de brasileiros.

Foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão e 18 mandados de prisão preventiva em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Pará, Goiás, Paraná, Bahia e no Distrito Federal.

Como funcionava o esquema

De acordo com a investigação, que teve início em setembro de 2023, a organização criminosa era composta por:

  • Hackers especializados em invasões cibernéticas que acessavam diretamente os bancos de dados do INSS;
  • Servidores do INSS que vendiam suas credenciais de acesso aos sistemas;
  • Indivíduos responsáveis pela comercialização dos dados dos beneficiários.

Um dos alvos da operação é um hacker já conhecido pela PF por sua habilidade em invadir sistemas informatizados. Ele conseguia contornar a autenticação multifator, além de alterar os níveis de acesso dos servidores e utilizar seus certificados digitais.

Envolvimento de servidores do INSS

Entre os investigados estão três servidores e um estagiário do INSS. Eles são acusados de facilitar o acesso indevido às informações sigilosas dos beneficiários em troca de vantagens financeiras.

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Bloqueios de bens e valores

Além das prisões, a Justiça determinou o sequestro de 24 imóveis pertencentes aos integrantes da organização. Também foram bloqueados até R$ 34 milhões nas contas bancárias usadas pelos criminosos.

Crimes e punições

Os envolvidos responderão por crimes como:

  • Organização criminosa;
  • Corrupção;
  • Invasão de dispositivos informáticos;
  • Violação de sigilo funcional;
  • Obtenção e venda de dados sigilosos;
  • Lavagem de dinheiro.

As penas podem ultrapassar 15 anos de prisão, dependendo da gravidade das acusações.

Apoio do Ministério da Previdência

A investigação conduzida pela PF de Cascavel (PR) conta com o apoio do Ministério da Previdência, que também trabalha para evitar novos casos de vazamento de informações.

Veja também: Polícia Federal realiza megaoperação contra abuso sexual infantil e prende 59 suspeitos

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