Preocupações sobre a qualidade do ar
Cenário crítico no Amazonas
De acordo com dados do governo estadual, o Amazonas está enfrentando um dos piores cenários ambientais dos últimos anos. Em setembro, as queimadas já bateram recordes históricos, com 5.033 focos de incêndio registrados entre 1º e 18 de setembro, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A combinação entre a estiagem prolongada e os incêndios florestais tem deixado a qualidade do ar em níveis alarmantes.
Monitoramento da qualidade do ar
O Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva) indicou que, em várias áreas de Manaus, a qualidade do ar foi classificada como “péssima”, com concentrações de partículas nocivas no ar. O bairro de Aparecida, na Zona Sul, foi o mais afetado, registrando níveis de 207 µg/m³ por volta das 7h30. Para efeitos de comparação, o ar é considerado de boa qualidade quando a medição está entre 0 e 25 µg/m³.
Governo em alerta
Todos os 62 municípios do Amazonas já foram declarados em estado de emergência devido à seca e queimadas, conforme anunciado pelo governador Wilson Lima. Além disso, foi decretada uma situação de emergência em saúde pública, já que as condições ambientais estão afetando diretamente a qualidade de vida de milhares de pessoas.
Segundo a Defesa Civil, mais de 460 mil pessoas já estão sendo impactadas pela estiagem. Esse número pode aumentar nos próximos dias, uma vez que as previsões indicam que a seca em 2024 pode ser ainda mais severa do que a registrada em 2023, quando o Rio Negro atingiu seu nível mais baixo dos últimos 120 anos.
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