A Grande Seca no Rio Negro Leva a Interdição de Praia
Impactos da Interdição na Praia
A interdição da Praia da Ponta Negra segue os termos do acordo de segurança estabelecido em 2013, que determina o fechamento da área para banhistas quando o nível do rio atingir 16 metros ou menos. No entanto, a proibição é válida apenas para o banho. O uso da faixa de areia para atividades físicas e de lazer segue permitido, assim como o funcionamento do calçadão e das áreas comerciais do complexo.
Essa restrição impacta diretamente o comércio local, especialmente os ambulantes, que dependem do movimento de turistas e banhistas para gerar renda. Mesmo assim, as autoridades consideram que a medida é essencial para garantir a segurança da população.
Situação de Emergência em Manaus
Na última semana, o prefeito de Manaus, David Almeida, decretou situação de emergência por 180 dias devido à seca extrema que afeta a capital e a região. O decreto visa implementar ações emergenciais para atender as comunidades ribeirinhas, que dependem dos rios para seu sustento e transporte.
Manaus e as outras 61 cidades do estado do Amazonas estão em situação de emergência, segundo informações do governo estadual. A seca não só impacta o abastecimento de água como também prejudica o transporte de mercadorias, aumentando os preços de itens essenciais.
Evolução da Descida do Nível do Rio Negro
O nível do Rio Negro continua a cair diariamente. Veja a evolução da descida ao longo de setembro:
- 1 de setembro: 19,73 metros
- 8 de setembro: 17,98 metros
- 15 de setembro: 16,25 metros
- 18 de setembro: 15,53 metros
Essa tendência de queda no nível das águas está sendo acompanhada pela Defesa Civil, que recomenda a suspensão de atividades aquáticas na região por questões de segurança.
Outros Impactos da Seca
Além da interdição da Praia da Ponta Negra, a seca no Amazonas tem causado prejuízos em outros pontos turísticos de Manaus, como o Museu do Seringal, que foi fechado temporariamente devido ao baixo nível do Rio Negro. A seca também afeta diretamente a população ribeirinha, que enfrenta dificuldades para obter alimentos e outros itens essenciais devido à interrupção do transporte fluvial.
A paisagem da orla de Manaus também mudou drasticamente, com o surgimento de bancos de areia no meio do rio, forçando as embarcações a atracarem em pontos mais distantes.
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