Caso histórico resulta na primeira condenação por racismo com pena de prisão em regime fechado no Brasil
Condenação histórica por racismo no Brasil; A Justiça Federal do Rio de Janeiro condenou a influenciadora e socialite Dayane Alcântara a 8 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de injúria racial e racismo cometidos contra Chissomo, conhecida como Titi, filha dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. A decisão, considerada histórica, marca a primeira vez que uma pessoa é condenada a prisão em regime fechado no Brasil por crimes de racismo.
Condenação Considerada “Histórica” pelos Pais
O casal Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank se pronunciou publicamente, classificando a decisão como um marco no combate ao racismo no país. “Essa é a primeira vez que, em resposta ao racismo, o Brasil condena uma pessoa a prisão em regime fechado. Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico”, afirmaram em nota.
Reação da Defesa
Dayane Alcântara, que atualmente reside na Bélgica, ficou surpresa com a severidade da pena imposta. Seu advogado, Gil Ortozal, afirmou que a cliente ficou “perplexa” com a decisão e que a defesa pretende recorrer. “Assim que tivemos acesso ao teor da sentença, comunicamos a cliente, a qual ficou perplexa pela pena alta e o regime fechado”, disse Ortozal, ressaltando que Dayane reconhece seu erro e reitera o pedido de perdão à vítima e à sua família.
Processo de Longa Data
Os insultos contra Titi ocorreram em 2017, quando a menina tinha apenas 4 anos. Bruno Gagliasso registrou o caso na Delegacia de Crimes de Informática (DRCI) após as ofensas racistas serem divulgadas nas redes sociais. A advogada Silvia Souza, que representou a família no processo, destacou a importância da decisão, afirmando que essa é “a maior condenação criminal para o crime de racismo que se tem notícia no Brasil, com regime inicial fechado”.
Repercussão da Sentença
A condenação foi amplamente celebrada como uma vitória significativa no combate ao racismo. “Existe aquela conhecida frase de que o racismo no Brasil compensa. Hoje, com essa sentença, podemos dizer que não, não compensa”, declarou a advogada Juliana Souza, que também representa a família Gagliasso-Ewbank.
Nota dos Pais de Titi
Em uma declaração emocionante, Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank agradeceram o apoio público e destacaram a importância da decisão para a luta contra o racismo no Brasil. Eles ressaltaram que, apesar de seus privilégios, o caminho até a condenação foi longo e desafiador. “Seguimos confiantes na atuação consistente do judiciário para assegurar que crimes de racismo sejam devidamente reconhecidos e punidos”, concluíram.
Veja Também: Presidente Javier Milei Demite Subsecretário Após Polêmica de Racismo com Messi e Federação Argentina