Queimadas no Sul do Amazonas e em Estados Vizinhos Afetam a Qualidade do Ar na Capital]
Fumaça de queimadas afeta Manaus pelo terceiro dia; Pelo terceiro dia consecutivo, a cidade de Manaus amanheceu coberta por uma densa camada de fumaça. A situação, que teve início no último sábado (10), continua afetando gravemente a qualidade do ar na capital do Amazonas. Nesta segunda-feira (12), a qualidade do ar foi classificada como “muito ruim” pelo Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva).
Medições e Áreas Mais Afetadas
Para que o ar seja considerado de boa qualidade, os níveis de partículas no ar devem variar entre 0 e 25 µg/m³ (micrômetros por metro cúbico de ar). Em Manaus, o bairro Morro da Liberdade, localizado na Zona Sul, foi a área mais afetada, registrando níveis de poluição de 94,6 µg/m³ nesta segunda-feira.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) identificou as queimadas que ocorrem no Sul do Amazonas e em estados vizinhos como a principal causa do fenômeno. A Defesa Civil informou que uma frente fria atingiu o sul do estado, alterando a direção dos ventos e trazendo a fumaça para a região metropolitana de Manaus.
Evolução da Situação
No sábado (10), as densas neblinas de fumaça começaram a cobrir a cidade, com os bairros das Zonas Sul e Oeste sendo os mais afetados. No Morro da Liberdade, a qualidade do ar chegou a atingir 151,1 µg/m³, tornando-se a área mais prejudicada da capital.
No domingo (11), a situação persistiu, e outros bairros também registraram índices críticos de qualidade do ar, como Vila Buriti, Crespo, Cachoeirinha, Centro, Japiim, Coroado, Alvorada, Compensa, Parque 10 de Novembro e Chapada. Todos esses bairros apresentaram níveis de poluição classificados como “muito ruins”.
Recordes de Queimadas e Medidas de Combate
O problema da qualidade do ar não é exclusivo de Manaus; outros municípios do Amazonas, especialmente Apui, Lábrea e Novo Aripuanã, localizados no sul do estado, também sofrem com a fumaça resultante das queimadas na região conhecida como ‘arco do fogo’. Em julho de 2024, o Amazonas registrou um recorde no número de queimadas, com 4.241 focos de incêndio detectados, o maior desde 1998, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou a monitorar as queimadas na Amazônia.
Em resposta a essa crise ambiental, o estado do Amazonas está em emergência ambiental, com 22 dos 62 municípios em situação crítica. Durante este período de 180 dias, está proibida a prática de queima, com ou sem técnicas de controle.
Esforços de Combate
O Corpo de Bombeiros, em parceria com a Sema, está atuando no sul do estado desde junho, por meio da Operação Aceiro, que já combateu mais de 5 mil focos de incêndios entre 3 de junho e 9 de agosto. Além disso, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) estão intensificando as ações para combater as queimadas.
Momentos Finais
A situação em Manaus e no Amazonas como um todo é crítica, com a fumaça das queimadas comprometendo a qualidade do ar e a saúde da população. As autoridades estaduais continuam a trabalhar incansavelmente para combater os focos de incêndio e minimizar os impactos ambientais e sociais causados por essa crise.