Aumento Expressivo nos Focos de Queimadas
Entre os municípios mais afetados, destaca-se Apuí, com 2.517 focos de queimada, seguido por Lábrea, que registrou 1.286 focos. Ambos estão localizados na região sul do estado, uma área conhecida como ‘arco do fogo’, devido à alta incidência de incêndios florestais.
Ações do Governo para Combater as Queimadas
Diante do cenário crítico, o governo do Amazonas informou que o Corpo de Bombeiros atua desde junho na região sul do estado, por meio da Operação Aceiro. De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), entre 3 de junho e 9 de agosto, as equipes de combate conseguiram controlar mais de 5 mil focos de incêndio.
Além disso, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) também estão engajados na luta contra as queimadas. Essas ações conjuntas visam reduzir o impacto ambiental e proteger as comunidades afetadas.
Impactos na Qualidade do Ar
Os efeitos das queimadas já estão sendo sentidos pela população do Amazonas, especialmente no sul do estado, onde a concentração de fumaça se tornou um problema significativo. A capital, Manaus, também foi impactada, com uma densa neblina de fumaça cobrindo a cidade no sábado, dia 10.
O Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) apontou que os níveis de poluição do ar na maior parte de Manaus chegaram ao nível “péssimo”, o mais grave na escala de medição. No bairro Morro da Liberdade, na Zona Sul de Manaus, a qualidade do ar atingiu 151,1 μm/m³, evidenciando a gravidade da situação.
De acordo com informações da Defesa Civil ao g1, uma frente fria que chegou ao sul do estado alterou a rota dos ventos, levando a fumaça das queimadas para a região metropolitana de Manaus. Essa mudança causou a formação da “neblina” de fumaça que cobriu a capital.
Situação de Emergência Ambiental
O Amazonas enfrenta uma situação de emergência ambiental devido ao aumento dos focos de calor. Atualmente, 22 dos 62 municípios do estado estão em estado de emergência. Durante este período, que deve durar 180 dias, está proibida qualquer prática de fogo, com ou sem o uso de técnicas de queima controlada.
O cenário atual é preocupante, especialmente considerando que em julho de 2024 o Amazonas já havia registrado um recorde histórico, com 4.241 focos de incêndio, o maior número desde 1998, quando o Inpe começou a monitorar as queimadas na região amazônica. Este aumento nos focos de calor é comparável ao do ano anterior, quando o estado contabilizou mais de 20 mil queimadas.
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