Operação na Cracolândia Alvo Milicianos e Traficantes Envolvidos em Vendas de Armas
Operação Cracolândia Prende um dos Chefes do PCC: Nesta terça-feira (6), uma grande operação policial foi deflagrada na Cracolândia, área central de São Paulo conhecida pela intensa atividade de venda e consumo de drogas. A ação visou cumprir sete mandados de prisão preventiva contra suspeitos de integrarem uma milícia e traficantes de drogas.
Investigação e Mandados de Prisão
As autoridades buscam três guardas civis metropolitanos e um ex-agente da GCM, além de dois traficantes de drogas acusados de venda de armas. Um funcionário de uma empresa de comunicação também está entre os alvos. Até o momento, cinco dos sete alvos já foram presos.
Estrutura Criminosa
As investigações revelaram a existência de uma milícia formada por agentes da GCM que extorquia comerciantes da região. Além disso, foi descoberto que os traficantes, além de venderem drogas, também estavam envolvidos na venda de armas. Um funcionário de comunicação é suspeito de fornecer aparelhos que permitiam aos criminosos monitorar as conversas da polícia.
Detalhes da Operação
A Operação Salus et Dignitas, coordenada pelo Ministério Público, Receita Federal, e diversas forças policiais, teve início às 9h. No total, 117 mandados de busca e apreensão foram expedidos, além de 46 mandados de sequestro e bloqueio de bens, incluindo 44 prédios comerciais que serão lacrados para evitar a continuidade das atividades ilícitas.
Alvos Presos
Entre os presos estão:
- Leonardo Moja, o “Léo do Moinho“: suspeito de ser um dos chefes do PCC na Favela do Moinho.
- Janaína da Conceição Cerqueira Xavier: suspeita de tráfico de drogas.
- Antonio Carlos Amorim Oliveira: GCM acusado de extorsão de comerciantes.
- Renata Oliva de Freitas Scorsafava: GCM também acusada de extorsão.
- Valdecy Messias de Souza: funcionário de comunicação suspeito de vender aparelhos de rádio para criminosos.
Esquemas Criminosos na Cracolândia
As investigações mostraram um complexo ecossistema de crimes na Cracolândia, incluindo exploração de mão de obra de dependentes químicos, extorsão por milicianos, receptação de celulares roubados, redes de hotéis usados pelo PCC para armazenamento de drogas e exploração sexual, e controle da Favela do Moinho pelo PCC.
Declarações Oficiais
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, acompanhou a operação e afirmou que o objetivo é “devolver o centro às pessoas”. O prefeito Ricardo Nunes ainda não se manifestou.
Direitos dos Dependentes Químicos
Durante a operação, foi estabelecido um habeas corpus coletivo para proteger os dependentes químicos, garantindo que aqueles em situação de miséria não sejam presos por porte de pequenas quantidades de crack, visando proteger a dignidade humana.
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