Clima de Tensão entre Brasil e Venezuela
Declarações Polêmicas de Maduro
Maduro aconselhou Lula a tomar chá de camomila caso ele esteja assustado com suas declarações sobre um possível “banho de sangue” na Venezuela, caso não ganhe as eleições. Além de criticar Lula, Maduro também fez acusações sobre a Justiça Eleitoral brasileira, afirmando que as eleições no Brasil não são auditadas.
Resposta do TSE
Em resposta às declarações de Maduro, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, afirmou: “As urnas e as eleições brasileiras são auditadas, desde o início do seu processo até o seu final”. Ela enfatizou que nunca foram comprovados quaisquer tipos de fraudes ou erros e que a “Justiça Eleitoral brasileira é confiável e merece a confiança da população”.
Observadores Internacionais
O TSE enviará dois servidores seniores, com vasta experiência na gestão das eleições brasileiras, para atuar como observadores internacionais no processo eleitoral venezuelano. Eles acompanharão todas as etapas da eleição na Venezuela, verificando se houve algum tipo de cerceamento aos eleitores e se as urnas foram devidamente lacradas. O relatório final será divulgado após o retorno ao Brasil.
Preocupações do Palácio do Planalto
A iminente eleição na Venezuela, marcada para o próximo domingo (28), está gerando preocupação no governo brasileiro. Maduro, que busca reeleição, não demonstra sinais de que aceitará um resultado desfavorável. Na terça-feira (23), o governo brasileiro considerou a resposta de Maduro a Lula uma “provocação desrespeitosa”. Maduro afirmou que quem se assustar com suas declarações deveria tomar chá de camomila.
Lula, por sua vez, expressou preocupação com a possibilidade de um “banho de sangue” na Venezuela, caso Maduro não vença. Essa declaração foi mal-recebida, considerando que Lula sempre teve uma posição de aliado de Maduro.
Preparativos do Governo Brasileiro
Lula está em constante comunicação com sua equipe, especialmente nas áreas de inteligência e das Forças Armadas, para se preparar para qualquer eventualidade. O principal receio é que uma convulsão social na Venezuela, em caso de derrota de Maduro, possa levar a uma nova onda de migração de venezuelanos para o Brasil, exacerbando um cenário já tenso na fronteira.
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