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quinta-feira, novembro 14, 2024

Rio Solimões Volta a Secar na Região da Tríplice Fronteira, Que Fica Entre Brasil, Peru e Colômbia

Baixa no Nível do Rio Afeta Comunidades e Navegação

Rio Solimões Seca Novamente: O Rio Solimões voltou a apresentar um significativo declínio em seu nível de água, afetando a região da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. No último domingo (14), o rio começou a secar novamente, e até a segunda-feira (15), seu nível havia baixado mais seis centímetros, atingindo a cota de 5,76 metros.

Variações no Nível do Rio

Apesar das elevações temporárias no volume de água, conhecidas como repiquetes, que duram em média três dias, o Rio Solimões tem continuado a secar. A última subida ocorreu entre os dias 11 e 13 de julho, quando o rio subiu dezessete centímetros, antes de voltar a baixar.

Desde o início da estiagem na região, em junho, o nível do Rio Solimões tem mostrado variações significativas. No entanto, a tendência predominante tem sido de declínio, causando sérios impactos nas comunidades locais e na navegação.

Impacto da Seca na Região

Dos vinte municípios em situação de emergência no Amazonas devido à estiagem, sete estão localizados na região do Alto Solimões: Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá e Tonantins. A seca tem dificultado a navegação fluvial, essencial para o transporte de cargas e passageiros. Algumas embarcações que normalmente viajam de Manaus para Benjamin Constant já não conseguem realizar o trajeto, e comunidades rurais enfrentam dificuldades de acesso às sedes dos municípios.

O menor nível registrado no Rio Solimões pelo Serviço Geológico do Brasil foi em 11 de outubro de 2010, quando as águas chegaram à cota de -0,86 metros. Esta situação destaca a severidade da atual crise hídrica.

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Medidas de Emergência

Devido à estiagem, o governo do Amazonas decretou estado de emergência em 20 municípios situados nas calhas dos rios Juruá, Purus e Alto Solimões. O decreto, que tem duração de 180 dias, visa mobilizar recursos e medidas para enfrentar a crise. Além disso, o estado decretou emergência ambiental devido às queimadas registradas no sul do Amazonas, em Manaus e na região metropolitana.

Veja também: Seca no Amazonas Chega Antecipada e Coloca Cidades em Estado de Emergência

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