Governador Toma Medidas Para Contenção dos Impactos da Estiagem no Amazonas
Wilson Lima classificou a cobrança como um “abuso” e enfatizou a importância dos rios como principal meio de transporte na região. “Os rios são as estradas. E no momento em que mais precisamos de apoio, essas empresas impõem mais um fardo sobre nossos ombros”, declarou o governador.
Impacto da Taxa no Custo dos Produtos
O governador alertou que a cobrança dessa taxa adicional pode resultar no aumento dos preços dos produtos comercializados no estado. “Quando há uma sobretaxação sobre o transporte, isso é repassado para o consumidor. No final, é o cidadão que paga o preço mais alto”, afirmou Wilson Lima. Ele também apelou para a sensibilidade das empresas em apoiar a população do Amazonas, ao invés de impor mais custos.
Declaração do Secretário de Desenvolvimento Econômico
Na quarta-feira (4), o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas, Serafim Corrêa, já havia denunciado a cobrança, referindo-se a ela como “taxa de pouca água”. Ele também expressou sua preocupação com o impacto econômico dessa medida, especialmente durante a seca que afeta gravemente a região.
Reação das Entidades do Comércio e Indústria
Representantes da indústria e do comércio no Amazonas também se manifestaram contra a cobrança da taxa. Frederico Aguiar, superintendente adjunto da Suframa, criticou o valor cobrado, afirmando que está acima do mercado e é injustificado, especialmente antes do período da seca. “Não podemos aceitar uma taxa que está acima dos valores esperados e que, antecipadamente, onera ainda mais a nossa economia”, disse Aguiar.
A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) destacou que a taxa pode causar um desequilíbrio econômico, afetando a competitividade da Zona Franca e provocando um aumento nos preços dos produtos. “Quando a competitividade é afetada, há um efeito cascata que pode levar à redução da produção e, consequentemente, dos empregos”, alertou a entidade.
Solicitação de Dragagem Efetiva
Em nota, a Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem insistiu na necessidade de uma dragagem eficaz nos rios para enfrentar o período da seca. “Quanto à questão comercial, não nos posicionamos. As empresas tratam diretamente sobre esses assuntos”, declarou a associação.
Ações Finais
A ação do governador Wilson Lima e das entidades do Amazonas reflete uma tentativa de proteger a economia local e os consumidores dos efeitos da seca e das práticas abusivas de cobrança. O estado de emergência decretado em 20 municípios destaca a gravidade da situação e a necessidade de medidas urgentes para mitigar os impactos da estiagem.
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