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quinta-feira, novembro 14, 2024

Caso Djidja: Justiça Concede Prisão Domiciliar a Maquiadora Envolvida em Rituais com Cetamina

Decisão Judicial e Monitoramento

Prisão Domiciliar para Maquiadora no Caso Djidja; Nesta quarta-feira (5), a Justiça do Amazonas concedeu prisão domiciliar à maquiadora Claudiele Santos da Silva, que atuava no salão de beleza de Djidja Cardoso. Djidja foi encontrada morta em Manaus no dia 28 de maio, suspeita de overdose de cetamina. Claudiele foi presa no dia 30 de maio junto com outros membros da família Cardoso.

Apesar da concessão da prisão domiciliar, Claudiele deve deixar o Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) apenas na tarde desta quinta-feira (6), conforme informou seu advogado, Kevin Teles. “O pedido foi fundamentado de acordo com a lei. Como ela tem uma filha de 1 ano e 9 meses, nós requeremos esse benefício e ele foi concedido”, explicou Teles. Claudiele será monitorada por tornozeleira eletrônica até o fim do inquérito policial.

Contexto do Caso Djidja

Djidja Cardoso foi encontrada morta em sua residência em Manaus, e a principal suspeita é de overdose de cetamina. Segundo a Polícia Civil, Djidja, seu irmão Ademar e sua mãe Cleusimar, juntamente com outros funcionários, estavam envolvidos em um grupo religioso que utilizava cetamina em rituais para alcançar uma falsa plenitude espiritual.

Dois dias após a morte de Djidja, a Polícia Civil do Amazonas deflagrou a Operação Mandrágora, resultando na prisão de Cleusimar, Ademar, Verônica Seixas, Claudiele da Silva e Marlisson Vasconcelos, todos associados à família e ao salão de beleza. Esses indivíduos eram responsáveis por fornecer e utilizar a droga de maneira indiscriminada durante os rituais.

Implicações Legais e Acusações

Os detidos enfrentam acusações graves, incluindo tráfico de drogas, associação para o tráfico, colocar em risco a saúde ou vida de terceiros, falsificação, corrupção, adulteração de produtos terapêuticos e medicinais, aborto induzido sem consentimento, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal.

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Causa da Morte de Djidja

Laudo Preliminar

Djidja Cardoso, conhecida por sua participação no Festival de Parintins, foi encontrada morta em 28 de maio. O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) indicou que a causa da morte foi um edema cerebral, que afetou o coração e a respiração. No entanto, o laudo não esclarece o que levou Djidja a essa condição. O resultado final da necrópsia e do exame toxicológico deve ser divulgado ainda este mês.

Hipótese da Overdose

A principal hipótese da polícia é que Djidja sofreu uma overdose de cetamina, uma substância anestésica que causa alucinações, sensação de bem-estar e sedação quando usada recreativamente. A operação Mandrágora foi deflagrada após a morte de Djidja, levando à prisão de membros do grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”, que supostamente usava a droga para induzir os seguidores a acreditar na transcendência espiritual.

Impacto na Comunidade

O caso Djidja teve um grande impacto na comunidade de Manaus, especialmente entre os seguidores do grupo religioso e clientes dos salões de beleza da família Cardoso. A investigação continua, com a Polícia Civil focada em esclarecer todos os detalhes e responsabilidades dos envolvidos.

Monitoramento e Processo Legal

Enquanto aguarda o desfecho do inquérito policial, Claudiele Santos será monitorada por tornozeleira eletrônica em prisão domiciliar, cuidando de sua filha pequena. As investigações da DEHS seguem em curso para determinar a extensão do envolvimento de cada acusado e as circunstâncias exatas que levaram à morte de Djidja Cardoso.

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