Decisão Judicial e Monitoramento
Apesar da concessão da prisão domiciliar, Claudiele deve deixar o Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) apenas na tarde desta quinta-feira (6), conforme informou seu advogado, Kevin Teles. “O pedido foi fundamentado de acordo com a lei. Como ela tem uma filha de 1 ano e 9 meses, nós requeremos esse benefício e ele foi concedido”, explicou Teles. Claudiele será monitorada por tornozeleira eletrônica até o fim do inquérito policial.
Contexto do Caso Djidja
Djidja Cardoso foi encontrada morta em sua residência em Manaus, e a principal suspeita é de overdose de cetamina. Segundo a Polícia Civil, Djidja, seu irmão Ademar e sua mãe Cleusimar, juntamente com outros funcionários, estavam envolvidos em um grupo religioso que utilizava cetamina em rituais para alcançar uma falsa plenitude espiritual.
Dois dias após a morte de Djidja, a Polícia Civil do Amazonas deflagrou a Operação Mandrágora, resultando na prisão de Cleusimar, Ademar, Verônica Seixas, Claudiele da Silva e Marlisson Vasconcelos, todos associados à família e ao salão de beleza. Esses indivíduos eram responsáveis por fornecer e utilizar a droga de maneira indiscriminada durante os rituais.
Implicações Legais e Acusações
Os detidos enfrentam acusações graves, incluindo tráfico de drogas, associação para o tráfico, colocar em risco a saúde ou vida de terceiros, falsificação, corrupção, adulteração de produtos terapêuticos e medicinais, aborto induzido sem consentimento, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal.
Causa da Morte de Djidja
Laudo Preliminar
Djidja Cardoso, conhecida por sua participação no Festival de Parintins, foi encontrada morta em 28 de maio. O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) indicou que a causa da morte foi um edema cerebral, que afetou o coração e a respiração. No entanto, o laudo não esclarece o que levou Djidja a essa condição. O resultado final da necrópsia e do exame toxicológico deve ser divulgado ainda este mês.
Hipótese da Overdose
A principal hipótese da polícia é que Djidja sofreu uma overdose de cetamina, uma substância anestésica que causa alucinações, sensação de bem-estar e sedação quando usada recreativamente. A operação Mandrágora foi deflagrada após a morte de Djidja, levando à prisão de membros do grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”, que supostamente usava a droga para induzir os seguidores a acreditar na transcendência espiritual.
Impacto na Comunidade
O caso Djidja teve um grande impacto na comunidade de Manaus, especialmente entre os seguidores do grupo religioso e clientes dos salões de beleza da família Cardoso. A investigação continua, com a Polícia Civil focada em esclarecer todos os detalhes e responsabilidades dos envolvidos.
Monitoramento e Processo Legal
Enquanto aguarda o desfecho do inquérito policial, Claudiele Santos será monitorada por tornozeleira eletrônica em prisão domiciliar, cuidando de sua filha pequena. As investigações da DEHS seguem em curso para determinar a extensão do envolvimento de cada acusado e as circunstâncias exatas que levaram à morte de Djidja Cardoso.
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