Polícia Federal investiga uso ilegal da Abin
Espionagem e Alvos: A Polícia Federal realizou uma operação direcionada ao “núcleo político” envolvido no suposto uso indevido de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem ilegal. Entre os alvos desta operação, estava o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, suspeito de ter recebido informações ilegais obtidas pela Abin.
Operação anterior e alvos da investigação
Anteriormente, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmou que o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, utilizou o órgão para espionagem ilegal em favor da família do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além de Carlos Bolsonaro, outras autoridades, como ex-deputada Joice Hasselmann e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, também foram espionados.
Mandados da PF e resultados da operação
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversas localidades, incluindo a residência de Carlos Bolsonaro e a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos foram recolhidos durante as buscas, mas nenhuma prisão foi efetuada.
Pedido de ajuda a Ramagem e encontrados da PF
Uma assessora de Carlos Bolsonaro teria solicitado ajuda a Alexandre Ramagem para obter informações sobre inquéritos contra familiares do ex-presidente. Durante a operação, a PF encontrou celulares, computadores e uma arma na casa de Giancarlo Gomes Rodrigues, assessor de Ramagem na Abin.
Reações e continuidade das investigações
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pretende solicitar ao STF uma lista de parlamentares que foram clandestinamente monitorados pela Abin. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, destacou a importância de continuar as investigações em todas as instituições do governo, associando o caso da Abin às investigações sobre os atos antidemocráticos de janeiro de 2023.
No geral, a operação da Polícia Federal sobre a Abin, com foco no “núcleo político” e envolvimento de Carlos Bolsonaro, reflete os desdobramentos das investigações sobre o uso indevido de órgãos públicos para fins pessoais e políticos.
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