Mudança de Foro e Desdobramentos no Caso Marielle
Caso Marielle: Rumo ao STJ com Novas Suspeitas; O inquérito que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foi transferido para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) devido a recentes suspeitas envolvendo o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão. Esta mudança ocorreu após sua menção na delação premiada do ex-policial militar Élcio Queiroz, o primeiro a admitir sua participação no assassinato e atualmente preso.
Federalização Não Confirmada, mas Envolvimento do STJ
É importante destacar que a transferência do inquérito para o STJ não implica na federalização do caso. As investigações permanecem sob a responsabilidade da Polícia Civil do Rio, do Ministério Público do Estado e da Polícia Federal. No entanto, as decisões agora serão tomadas por um ministro da Corte, e o foco continua na busca pelo mandante e motivação do crime.
Suspeitas Anteriores sobre Domingos Brazão
Desde 2019, um relatório da Polícia Federal apontava Domingos Brazão como principal suspeito de ser o “autor intelectual” dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes. Essa suspeita já havia levado à denúncia do conselheiro pela então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, por obstrução à investigação.
O Desenvolvimento das Investigações
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou a cooperação da Polícia Federal no Rio para auxiliar a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual nas investigações. Isso resultou na delação premiada de Élcio Queiroz, que esclareceu detalhes cruciais do assassinato da vereadora.
Contexto Político de Domingos Brazão
Domingos Inácio Brazão, ex-vereador e conselheiro do TCE-RJ, construiu sua carreira política em bairros menos favorecidos do Rio. Apesar de seu afastamento do cargo de conselheiro, ele ainda exerce influência política através de seus irmãos, Chiquinho Brazão e Pedro Brazão, ambos parlamentares. Domingos Brazão também enfrentou acusações de ligação com milícias e admitiu ter matado um homem em 1987, embora tenha sido absolvido posteriormente. Sua prisão em 2017, no contexto da Operação Quinto do Ouro, abalou sua carreira política.
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