Crise Hídrica no Amazonas Afeta 80 Mil Pessoas, Indica a Defesa Civil
Crise Hídrica no Amazonas: 80 Mil Afetados; A seca dos rios no Amazonas atinge níveis críticos, impactando a vida de mais de 80 mil pessoas em 59 dos 62 municípios do estado. Essa alarmante situação foi divulgada pela Defesa Civil, revelando a urgência da crise hídrica na região.
Os Mais Afetados
São Paulo de Olivença, no Alto Solimões, lidera a lista dos municípios mais afetados, com 23.932 pessoas atingidas, o equivalente a quase 6 mil famílias. Benjamin Constant, cidade vizinha, também sofre severamente, com 18.172 pessoas impactadas pela estiagem.
Outras áreas afetadas incluem Tefé (13.467 pessoas), Uarini (8.852 pessoas), Envira (8.396), Itamarati (5.451 pessoas) e Jutaí (2.2496).
Situação de Emergência
Atualmente, 14 municípios vivem em situação de emergência, com destaque para a Calha do Alto Solimões, que inclui Benjamin Constant e São Paulo de Olivença. Nesses locais, os problemas devido à falta de água são evidentes. Em Atalaia do Norte, por exemplo, o rio secou tanto que a empresa de abastecimento não consegue mais captar água, afetando mais de 5 mil pessoas.
Outras cidades, como Envira, Itamarati, Eirunepé, Tefé, Coari, Jutaí e Uarini, também enfrentam a emergência da seca dos rios. Além disso, 15 cidades estão em alerta e 30 em atenção, enquanto apenas três mantêm os níveis das águas normais.
Causas e Medidas
A previsão é de que a estiagem deste ano seja mais prolongada e intensa devido à influência do fenômeno climático El Niño, que inibe a formação de nuvens de chuva. Para combater esses impactos, o governo anunciou ações orçadas em R$ 100 milhões, incluindo o apoio às famílias afetadas com ajuda humanitária, distribuição de kits de higiene pessoal, hipoclorito de sódio, renegociação de dívidas e incentivos aos produtores rurais.
O governador Wilson Lima também anunciou a possibilidade de ajuda do Governo Federal para as famílias impactadas pela seca, após uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o senador Omar Aziz.
A situação é crítica, e medidas urgentes são necessárias para amenizar o sofrimento das comunidades afetadas pela crise hídrica no Amazonas.
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